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Imersão Preliminar

Introdução

Objetivos

A imersão preliminar traz como premissa a compreensão do escopo do projeto. Portanto, ela deve garantir, ao time de desenvolvimento, clareza sobre as funcionalidades que o projeto deve cobrir. Além disso, é necessário compreender para quem o projeto está sendo feito, visando um projeto construído para os usuários finais.

Metodologia

Para realizar a imersão preliminar, optou-se por uma entrevista direta com o parceiro em formato de conversa informal. Essa abordagem permite um contato direto entre os stakeholders, facilitando a troca de informações entre as partes, além da percepção de sentimentos e emoções, os quais não são explicitados por formato que utilizam apenas texto. Portanto, nesse contexto a entrevista serve como um complemento e extensão do Termo de Abertura do Projeto Inteli (TAPI), permitindo o esclarecimento de ambiguidades e dúvidas que surgiram ao longo do processo de desenvolvimento inicial.

Contexto

O projeto consiste na automatização do sistema de preparo de kits e/ou carrinhos de parada para o uso dentro de hospitais da rede Sírio-Libanês. Os carrinhos possuem dois diferentes layouts, são utilizados especialmente para paradas, necessitam que seja possível alterar entre ambos. Além disso, é necessário que seus itens sejam rastreáveis. Em contrapartida, os kits possuem diversos layouts e têm uma saída mais frequente do que os carrinhos, utilizados para diversos fins.

Entrevista

Decorrer da entrevista

A entrevista ocorreu na quarta-feira, dentro da sala de aula da turma de engenharia de computação, o que permitiu a participação de todos os alunos, da representante do Sírio-Libanês, Lorena e do professor orientador, Murilo, o qual intermediou a conversa. Portanto, para o encontro ocorrer de forma organizada, foi previamente estabelecido que a interação entre os alunos e a representante iria ocorrer de forma com que cada grupo pudesse realizar quatro perguntas, cada um em sua vez. Com isso, a dinamicidade da entrevista aumentou, evitando perguntas duplicadas e auxiliando as dúvidas a serem solucionadas simultaneamente por serem parecidas.

Os grupos tiveram como objetivo principal, a busca por uma maior compreensão e delimitação do escopo do projeto. Como resultado, a pauta principal foi o funcionamento do carrinho de parada cardíaca, o qual tinha recebido maior destaque durante o kick-off e no TAPI. No decorrer da entrevista, houve vários questionamentos buscando compreender quem eram os principais usuários do produto, qual era sua frequência de uso, o tamanho de suas gavetas e como elas ficavam organizadas, entre outros.

Conclusões

Como dito acima, as principais questões foram em torno dos requisitos funcionais da solução e seus usuários. Sendo assim, foram identificadas duas dores principais presentes no setor, sendo elas a quantidade de itens que necessitam ser “bipados” para o carinho e a quantidade de kits que precisam ser montados em um único dia. Além disso, existe uma dor comum em ambos os processos, o qual é a confiabilidade de que os produtos que estão tanto no kit quanto no carrinho foram devidamente registrados e retirados do banco de dados.

Dessa maneira, pode-se concluir que existem duas abordagens para o problema, uma que solucionará o problema de “bipagem” e outra que fará de forma efetiva a montagem dos kits. Consequentemente, o grupo escolheu abordar o problema da montagem de kits, pois além de ter sido considerado um problema mais recorrente pelo cliente, é uma problemática que pode ser solucionada mediante as ferramentas computacionais disponíveis para a solução.

Pesquisa Desk

A pesquisa desk é uma etapa na imersão, a qual permite um maior aprofundamento no assunto abordado no projeto. Para a sua realização, foram utilizados vários artigos, sites e matérias de jornais acadêmicos. Com isso, o foco foi obter mais informações sobre a automação hospitalar e suas aplicações práticas.

A área de automação dentro de hospitais consiste no “uso de tecnologias para a execução automática de tarefas” [1], ou seja, busca implementar de inovações para simplificar tarefas, reduzir taxa de erro e custos e uma maior quantidade de informações. Sendo assim, um exemplo claro do uso da tecnologia para a melhora de processos hospitalares é o uso de RFID (Radio-Frequency Identification) com "smart cards" para a identificação de pacientes e médicos dentro do hospital [2]. Isso facilita caso ocorra alguma emergência e precise localizar quem está mais próximo para atender o chamado.

O alto índice de erro na administração em medicamentos, segundo a pesquisa da Universidade Federal da Bahia [3], é uma das causas das mortes pelo chamado erro médico, segundo pesquisa da FAPESP. [4] Por isso, a assertividade na montagem dos kits e carrinhos é crucial para a atuação dos médicos. Sendo assim, a segurança no processo, proveniente da implementação de uma máquina para realizar o serviço, aumenta e evita possíveis erros no tratamento dos pacientes.

Referências

[1] TRANSFORMAÇÃO Digital. InAutomação hospitalar: o que é e quais são os benefícios?. [S. l.], 26 set. 2023. Disponível em: https://www.sydle.com/br/blog/automacao-hospitalar-63d28b3af467593bde10daed. Acesso em: 14 fev. 2024.

[2] AUTOMAÇÃO HOSPITALAR: O ESTADO DA ARTE. Revista Brasileira de Inovação Tecnológica em Saúde, [s. l.], [2012]. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/reb/article/download/1929/10138/5584. Acesso em: 14 fev. 2024.

[3] PESQUISA do ISC identifica alto índice de erros de administração de medicamentos na América Latina. Instituto de Saúde Coletiva - Universidade Federal da Bahia, [S. l.], p. 1-1, 22 ago. 2022. Disponível em: Pesquisa do ISC identifica alto índice de erros de administração de medicamentos na América Latina. Acesso em: 14 fev. 2024.

[4] UM DIAGNÓSTICO do erro médico. Pesquisa Fapesp, [S. l.], n. 287, p. 1-1, 14 maio 2020. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/um-diagnostico-do-erro-medico/. Acesso em: 14 fev. 2024.